O cantor e compositor Arlindo Cruz, ícone do samba e conhecido como “o sambista perfeito”, morreu aos 66 anos no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (8). Confira a trajetória, curiosidades e o legado do artista.
Arlindo Cruz, cantor, compositor e multi-instrumentista, morreu no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. O artista, que sofreu um AVC hemorrágico em 2017, convivia desde então com sequelas da doença.
Considerado um dos maiores nomes do samba brasileiro, Arlindo Cruz ficou famoso por suas composições, voz marcante e talento com cavaquinho e banjo. Com mais de 550 músicas gravadas, o artista deixou sua marca em grupos como Fundo de Quintal e parcerias com Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e outros.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo começou a tocar cavaquinho aos 7 anos. Aos 12, já tocava músicas “de ouvido” e aprendeu violão com o irmão Acyr Marques. Na juventude, passou por rodas de samba lendárias, como a do Cacique de Ramos, onde conheceu Jorge Aragão, Beth Carvalho e Almir Guineto.
Principais conquistas e composições
- Mais de 550 sambas gravados por diversos artistas.
- 12 anos no grupo Fundo de Quintal.
- Vitórias em sambas-enredo do Império Serrano (1996, 1999, 2001, 2003, 2006 e 2007).
- Parcerias marcantes com Zeca Pagodinho e Beth Carvalho.
O legado de Arlindo Cruz para o samba
Mais do que um músico, Arlindo foi um poeta do samba. Sua obra atravessou gerações, misturando romantismo, malandragem e fé. O apelido “sambista perfeito” virou título de sua biografia lançada em 2025.
Mesmo após o AVC, seu nome seguiu presente no carnaval e na música popular. Em 2023, foi enredo do Império Serrano, desfilando na avenida como símbolo de resistência e amor ao samba.
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O Brasil se despede de Arlindo Cruz, mas sua música continuará ecoando nos corações e rodas de samba. Seu legado é eterno e inspira novas gerações a manter viva a essência do gênero.