Roberta Miranda expõe casamentos de fachada no sertanejo

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Roberta Miranda dispara contra supostos casamentos de fachada no sertanejo, chama o meio de “hipócrita” e reforça sua bissexualidade.
Em mais uma fala polêmica, Roberta Miranda agitou o meio sertanejo ao acusar artistas de manterem casamentos de fachada para esconder sua sexualidade. Em vídeo no Instagram, a cantora, de 68 anos, chamou o meio de “hipócrita” e disse que não se importa com a vida alheia, mas critica a necessidade de manter uma imagem de “família perfeita”.
Assumidamente de bissexualidade e em relacionamento com Daniel Torres — 44 anos mais novo —, ela afirmou que “todo mundo sabe quem é quem” nos bastidores e insinuou a existência de “contratos” para sustentar relacionamentos de conveniência.
A declaração viralizou, dividiu opiniões entre fãs e artistas, e reacendeu debates sobre autenticidade, representatividade e a pressão que o show business exerce sobre a vida pessoal de celebridades.
Casamentos de fachada, hipocrisia e a liberdade de Roberta Miranda
Durante o vídeo, Roberta Miranda não poupou críticas: “Quantos aí têm contrato só para dizerem que são casados? As pessoas sabem quem é quem. Ficam quietos, fingem que acreditam, né?”. Para ela, a prática é conhecida e aceita como estratégia de marketing para preservar a imagem de artista “família” e evitar questionamentos sobre sexualidade.
A cantora destacou que entende as regras do jogo, mas não compactua: “Claro que a gente entende que tem que mostrar esposa, namorada… mas eu não estou nem aí. A vida de cada um é de cada um”.
Ao final, reafirmou com orgulho sua bissexualidade e autonomia: “Agora, eu sou bi, ok? A vida é minha, eu faço dela o que eu quiser. Você não paga minha conta, você não sente a minha dor. Eu sou bi com muito orgulho”.
As falas atingem diretamente um ponto sensível do sertanejo: a manutenção de padrões conservadores que muitas vezes pressionam artistas a ocultar partes de sua identidade. Para críticos, essa postura preserva contratos e patrocínios, mas sacrifica a autenticidade e a saúde mental dos envolvidos.
Com décadas de carreira e acostumada a dizer o que pensa, Roberta Miranda já se envolveu em outras discussões públicas sobre comportamento e bastidores da música. Sua sinceridade é vista por alguns como coragem e por outros como provocação desnecessária — mas, inegavelmente, movimenta a opinião pública.
A repercussão do vídeo mostrou que o público está cada vez mais interessado em conversas sobre autenticidade e diversidade no entretenimento. A pressão por narrativas perfeitas pode estar perdendo força diante de um público que valoriza artistas genuínos, mesmo que imperfeitos.
Enquanto parte do meio sertanejo mantém o silêncio sobre o assunto, fãs e jornalistas seguem debatendo até onde vai o direito à privacidade e onde começa a responsabilidade pública de figuras influentes. O caso reacende também a discussão sobre a representatividade LGBTQIA+ em gêneros musicais de forte apelo popular.
No fim, a mensagem central de Roberta Miranda é clara: “A vida de cada um é de cada um”. Uma afirmação simples, mas carregada de crítica à hipocrisia e à pressão por manter aparências. E, como sempre, ela não parece disposta a suavizar suas palavras para agradar ninguém.