Ex-jogador Daniel Alves é acusado de excluir compositores sertanejos dos créditos da canção “Avião”, lançada em projeto da ONU.

Resumo: O ex-jogador Daniel Alves foi condenado pela Justiça a pagar R$ 40 mil em indenização à dupla sertaneja Giuliano Matheus e Thiago Matheus por uso indevido da música “Avião”, sem dar os devidos créditos. A faixa integrou um projeto da ONU contra fake news, mas os autores afirmam que foram excluídos intencionalmente dos créditos da obra.

Justiça condena Daniel Alves a pagar R$ 40 mil a músicos sertanejos

O Tribunal de Justiça manteve a condenação de Daniel Alves, mas reduziu a indenização inicial de R$ 80 mil para R$ 40 mil. O valor deve ser dividido entre os compositores Giuliano Matheus e Thiago Matheus, conhecidos por suas atuações no meio sertanejo.

A decisão foi assinada pelo desembargador Vito Guglielmi, que afirmou haver provas de que a música estava no computador de Thiago desde 2017, comprovando a autoria anterior à divulgação do clipe por Daniel.

Parceria rompida: como surgiu a música “Avião”

Thiago Matheus

A relação entre Daniel Alves e os músicos teve início em 2016, quando o ex-atleta demonstrou interesse em ingressar no mundo da música. Giuliano e Thiago apresentaram a composição “Avião”, que teria sido modificada com trechos adicionais por Daniel.

Em 2020, no auge da pandemia, a música foi usada pela ONU em uma campanha contra desinformação, com participação de artistas como Sandra de Sá, Fábio Jr. e Roberta Miranda. O problema surgiu quando os nomes dos compositores não foram incluídos nos créditos.

Músicos denunciam “fraude” e comemoram decisão

Giuliano e Thiago alegam que a exclusão de seus nomes foi fraudulenta. “Para combater fake news, usaram autoria fake”, ironizaram na Justiça. Eles afirmaram que a tentativa de apagá-los da obra foi deliberada, e a Justiça entendeu que havia elementos para confirmar a coautoria.

Apesar da redução no valor da indenização, os músicos comemoraram o reconhecimento judicial.

Daniel Alves nega fraude e promete recorrer

A defesa de Daniel Alves sustenta que a música foi criada exclusivamente por ele e que os músicos tentam se enriquecer ilicitamente sem apresentar provas documentais confiáveis. Ainda cabe recurso à decisão.

Até o momento, o ex-jogador não se pronunciou publicamente sobre a nova condenação.