Ana Castela é criticada após lançar clipe feito por IA

Ana Castela lança clipe com Diplo feito por IA e recebe críticas nas redes. Fãs apontam frieza e pedem versão mais humana

Ana Castela surpreendeu o público ao lançar um clipe feito inteiramente com inteligência artificial, mas a inovação não agradou. Em parceria com o DJ Diplo, a cantora sertaneja divulgou o vídeo da faixa “Tropa do Chapelão”, que integra o álbum Let’s Go Rodeo, lançado em maio. Apesar da aposta tecnológica, a recepção foi mista e gerou críticas intensas nas redes sociais.

O clipe, divulgado na última segunda-feira (30), não mostra nenhum dos dois artistas. Em vez disso, utiliza avatares, cenários digitais estilizados e efeitos visuais automatizados para representar a sonoridade da canção. A proposta de criar uma ambientação futurista inspirada no campo dividiu opiniões. Muitos internautas não esconderam o incômodo com o visual artificial e questionaram a ausência de emoção no resultado final.

“Parece demo de videogame”, disparou um usuário no X (antigo Twitter). Outro foi mais direto: “Faltou alma”. A crítica principal girou em torno da desconexão entre a música — que mistura elementos eletrônicos e sertanejos — e o clipe, que não conseguiu transmitir a mesma energia da faixa original. A ausência dos próprios artistas no vídeo foi vista como um fator que dificultou a conexão com o público.

IA divide fãs e deixa clipe de Ana Castela sob ataque

A faixa “Tropa do Chapelão” nasceu de um encontro entre Ana Castela e Diplo em Los Angeles. Mesmo com o idioma como barreira, a dupla manteve contato e finalizou o projeto à distância. Ana gravou seus vocais no Brasil, enquanto Diplo ficou responsável pela produção nos Estados Unidos. O lançamento foi comemorado como uma parceria internacional inédita para a cantora, mas o resultado visual causou mais polêmica do que aplausos.

Muitos fãs lembraram que Ana costuma emocionar com vídeos gravados em ambientes reais, como fazendas e rodeios. “A música é ótima, mas o clipe deixou a desejar. Nem parece que tem Ana Castela ali”, escreveu um seguidor no Instagram. Outros apontaram que a artista ganhou notoriedade justamente pela autenticidade de suas apresentações, o que se perdeu no vídeo gerado por IA. “Ela não precisa disso, a força dela está na simplicidade”, escreveu outro fã.

Os comentários se intensificaram à medida que o vídeo alcançava mais visualizações. Embora parte do público tenha elogiado a ousadia de experimentar com inteligência artificial, a maioria demonstrou desconforto com a estética fria do projeto. Comparações com clipes anteriores reforçaram o contraste. Em maio, Ana emocionou o público no Ribeirão Rodeo Music 2025 ao cantar ao lado de Alok a música “Deixa Nois Viver”, gravada ao vivo e com forte apelo emocional.

A crítica à inteligência artificial em produções artísticas não é novidade, mas a reação ao clipe de Ana Castela reacendeu o debate. Para muitos, a IA ainda não consegue substituir o olhar humano na criação de narrativas visuais autênticas. No caso da sertaneja, a expectativa do público por uma presença mais próxima e visceral foi frustrada por um vídeo que, embora bem produzido, soou genérico e impessoal.

Até o momento, nem Ana nem Diplo comentaram as críticas nas redes. A equipe da cantora mantém a divulgação do clipe em suas plataformas, mas já há rumores de que uma nova versão — mais simples e “com cara de Ana” — pode ser produzida para responder ao apelo dos fãs. O episódio revela o desafio de equilibrar inovação com identidade artística em tempos de tecnologia cada vez mais presente no entretenimento.

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