Publicidade
Gonçalofolia: A Grande Festa ou Apenas um Show de Egocentrismo?
Entenda a polêmica por trás da 37ª Cavalgada de São Gonçalo do Rio Abaixo
A prefeitura municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo está prestes a dar início à 37ª Cavalgada, um evento que já se tornou tradição na cidade e atrai visitantes de todas as partes. Com atrações como Lauana Prado, Ícaro Gilmar e Gustavo Mioto, a festa promete agitar a região de 24 a 27 de abril no parque de exposições Edirlei Moreira. Mas, diante dessa grandiosidade, surgem questionamentos: até que ponto esse tipo de evento é realmente benéfico para a população?
O que muitos não sabem é que a Cavalgada, além de ser uma festa gratuita, conta com um investimento totalmente custeado pela prefeitura. Isso levanta o primeiro ponto de discussão: será que os recursos públicos estão sendo usados de forma adequada? Enquanto alguns defendem que a promoção da cultura e do turismo é um bom uso do dinheiro público, outros argumentam que essa festa é um mero show de egocentrismo, favorecendo apenas um grupo de artistas famosos em detrimento de iniciativas locais.
A crítica não para por aí. Há quem diga que a falta de cobrança de ingressos pode desvalorizar o trabalho dos artistas regionais, que frequentemente se apresentam em eventos similares. Por que não criar uma alternativa que beneficie tanto os artistas locais quanto as grandes atrações? A inclusão de um ingresso simbólico ou a criação de um espaço para artistas locais pode ser uma saída viável, proporcionando mais oferta de jobs e visibilidade para quem é da terra.
Além disso, a programação completa do evento ainda não foi divulgada, deixando muitos moradores no escuro sobre quem realmente se apresentará. Este é um ponto crucial: a transparência nas informações é fundamental para garantir a participação da comunidade e apoiar os talentos regionais. Sem um planejamento adequado, corre-se o risco de transformar a Cavalgada em um evento voltado apenas para a promoção de artistas "de fora", enquanto os talentos locais ficam relegados ao esquecimento.
Um dos argumentos fervorosos a favor da festa é a sua capacidade de gerar "engajamento social". No entanto, é preciso refletir: esse engajamento se traduz em ações concretas que ajudarão a comunidade a longo prazo? Ou seria simplesmente mais uma desculpa para encher os bolsos de alguns enquanto a população se contenta em assistir, sem qualquer retorno financeiro ou cultural?
Por último, é fundamental que a prefeitura e os organizadores escutem a voz da população. O que as pessoas realmente esperam da Cavalgada? Querem apenas assistir a shows ou desejam um espaço para celebrar sua cultura? A responsabilidade recai sobre todos nós: cidadãos, organizadores e governo.