Ana Castela enfrenta problemas na justiça por gravação com cavalo

A coluna Fábia Oliveira descobriu que a cantora Ana Castela foi acionada na Justiça em uma “ação de obrigação de fazer cumulada com danos morais e materiais” por uma empresária

No processo, a mulher afirma ser proprietária de um cavalo que foi usado, supostamente sem autorização, nas gravações do clipe da música Pipoco, lançado por Ana Castela em maio de 2022, com a participação de Melody e DJ Chris no Beat.

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Segundo os autos apresentados à Justiça, a empresária alega ser a legítima proprietária de um cavalo Quarto de Milha Mestiço, chamado Talismã Dun It. O animal é utilizado exclusivamente por ela e sua filha em competições de prova de tambor. A empresária afirma que o cavalo recebe tratamento especial para manter sua força, agilidade e saúde, essenciais para suas performances.

A ação judicial detalha que os réus realizaram uma sessão de fotos e a gravação do videoclipe na sede de um Haras, onde a empresária mantinha seu cavalo para treinamentos. A empresária acusa Ana Castela e os artistas de utilizarem o cavalo “indevidamente, ou seja, sem autorização”, expondo o animal a condições de estresse devido ao número de pessoas e à estrutura de som e iluminação usadas nas gravações.

De acordo com a empresária, o estresse foi tanto que o cavalo não obedecia aos comandos e chegou a derrubar Ana Castela durante as filmagens. Após tomar conhecimento do uso indevido, a empresária inicialmente contatou diretamente Ana Castela para solicitar a exclusão de todos os vídeos gravados com o animal. Na Justiça, a empresária pediu uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil e por danos materiais. Ela também solicitou a suspensão do videoclipe Pipoco ou a remoção dos trechos em que o cavalo aparece, pedidos que foram negados pela Justiça.

Defesa de Ana Castela se pronuncia sobre o processo

Em sua defesa, Ana Castela explicou que a gravação do videoclipe ocorreu no Haras com autorização da administradora e do proprietário do local. A defesa destacou que a filmagem durou apenas um dia e que foi cobrado um valor de R$ 210 pelo uso do espaço. Segundo Ana Castela, uma pessoa responsável pelo animal presente no local permitiu que o cavalo fosse utilizado nas filmagens.

A cantora argumentou que não houve maus tratos ou lesão ao cavalo Talismã, e que nenhum prejuízo foi causado. Ana Castela anexou prints das conversas com a empresária, onde explicou que o cavalo foi entregue para a gravação e que a culpa não foi dela. A defesa pediu que os pedidos da autora fossem julgados como totalmente improcedentes.

A situação judicial envolvendo Ana Castela e o uso do cavalo trouxe à tona questões sobre responsabilidade e autorização no uso de animais em produções artísticas. Este caso destaca a importância de garantir todas as permissões necessárias para evitar complicações legais. A cantora Melody, que também é ré no processo, ainda não foi localizada pela Justiça para ser citada.

A batalha judicial de Ana Castela por conta da gravação do clipe Pipoco ilustra os desafios enfrentados por artistas ao lidar com questões legais e a necessidade de cautela na utilização de animais em produções. Enquanto a Justiça continua a analisar o caso, Ana Castela mantém sua posição de defesa, ressaltando que seguiu todas as autorizações necessárias. Este episódio serve como um alerta para a importância da conformidade legal e das devidas permissões em qualquer projeto artístico.