Adoção de Tecnologias Analíticas no Agro: Equipamentos Acessíveis Transformam o Mercado
O acesso a tecnologias como NIR e ICP-OES está revolucionando o agronegócio brasileiro, levando a um aumento de 23% nas vendas de instrumentos de controle de qualidade em 2025. As inovações, antes exclusivas dos grandes grupos, agora alcançam pequenos e médios produtores, prometendo eficiência e lucratividade.
A Revolução dos Equipamentos NIR e ICP-OES
A adoção de equipamentos NIR e ICP-OES no agronegócio brasileiro está em ascensão, refletindo a busca por maior produtividade e eficiência. Segundo levantamento da Pensalab, as vendas de instrumentos de controle de qualidade cresceram 23% no primeiro semestre de 2025, à medida que esses dispositivos se tornam acessíveis a produtores com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 1,6 milhão.
Essa democratização foi impulsionada pela transformação digital no campo, permitindo que a análise da qualidade dos grãos, que antes era um luxo de grandes grupos, agora esteja ao alcance de médios produtores. Equipamentos como o NIR de bancada estão se tornando comuns entre cultivadores de soja e milho, que realizam análises rápidas antes do transporte, evitando descontos e melhorando suas negociações, uma forma clara de mostrar que a tecnologia sai do domínio dos gigantes e ingressa na rotina dos pequenos.
O gerente de aplicação da Pensalab, Rafael Cares, explica que as inovações mais significativas em instrumentação analítica incluem automação e inteligência artificial. Equipamentos como os novos NIR, com calibrações inteligentes, são uma verdadeira revolução, permitindo a análise de diferentes cultivares sem complicações técnicas. E mais, a sensibilidade aprimorada dos ICP-OES está transformando laboratórios de pequeno porte, tornando análises mais rápidas e econômicas.
A crescente demanda por diagnósticos de solo e fertilizantes entre pequenos agricultores tem impulsionado essas mudanças. Cares aponta que agora, laboratórios regionais equipados com ICP-OES estão mais acessíveis, fornecendo serviços a quem opera fora dos grandes grupos do agro. Isso resulta em um cenário mais inclusivo e promissor.
Com o acesso democratizado a tecnologias como o NIR, os agricultores podem realizar avaliações de qualidade diretamente em suas fazendas, com decisões de colheita mais ágeis e redução de perdas. A tendência é que, em breve, esses instrumentos se tornem indispensáveis e não apenas um apoio, mas ferramentas estratégicas para todos os produtores, reforçando a ideia de que a análise de qualidade passou a ser um pilar essencial na agricultura moderna.