Eduardo Costa, nascido em MG, saiu da roça, vendeu milhões de discos e é um dos nomes mais polêmicos e talentosos do sertanejo.
Eduardo Costa é um dos nomes mais marcantes do sertanejo brasileiro. Nascido em Minas Gerais em 1978, saiu de família humilde e conquistou o país com talento, personalidade forte e muitas polêmicas. Com mais de 20 álbuns lançados e prêmios no currículo, ele mantém carreira vibrante, shows lotados e presença importante no agronegócio musical.
Infância difícil e o início na música sertaneja
Edson Vander da Costa Batista nasceu em 13 de dezembro de 1978 em Abre Campo, Minas Gerais. Filho de pais simples, já aos 12 anos trabalhava como office boy, vendedor de picolé e outros bicos para ajudar a família. Mudou-se para diferentes cidades de MG, Goiás e SP, sempre atento à música sertaneja que o cercava.
Nos anos 90 integrou duas duplas que não vingaram, até iniciar carreira solo com seu nome artístico adotado por sugestão. Aprendeu a tocar viola e violão de forma autodidata, o que o ajudou a criar identidade própria e se destacar nas apresentações em bares e praças.
Em 2003 veio o primeiro álbum, com formato acústico. A virada aconteceu em 2005 com o projeto “No Boteco”, de onde surgiram hits como “Você Só Me Faz Feliz” e “Nos Bares da Cidade”. O sucesso se repetiu com “Pele, Alma e Coração” (2005), e logo ele se consolidou como um cantor certeiro no sertanejo universitário.
Ao longo dos anos lançou uma sequência de projetos importantes: “No Boteco II” (2007), “Cada Dia Te Quero Mais” (2008) – o primeiro disco platina – e “Tem Tudo a Ver” (2009), certificado álbum duplo. Em 2010 participou de uma gravação histórica em homenagem ao Hospital de Câncer de Barretos, com shows ao lado de grandes nomes do gênero.
Nos anos seguintes, manteve presença forte com DVDs, participações especiais e o projeto “Cabaré”, ao lado de Leonardo, que rendeu reconhecimento nacional e internacional. Em 2015, lançou “Vivendo e Aprendendo”, com o single “Sapequinha” alcançando o topo das paradas.
Em 2016, o álbum/DVD “Cabaré Night Club” consolidou sua parceria com Leonardo e foi indicado ao Grammy Latino. Em 2017 veio o álbum intimista “Na Fazenda”, gravado em sua propriedade, com regravações e uma abordagem mais orgânica.
Polêmicas, fé e o retorno em 2025
Eduardo Costa ficou no centro de polêmicas por causa de acusações e o visual transformado, especialmente após perder cabelo durante a pandemia. Ele assumiu que o uso de anabolizantes contribuiu para a queda de cabelo, mas defendeu seu novo visual como um símbolo de sabedoria.
Também enfrentou acusações judiciais envolvendo imóveis em Capitólio – que se tornaram caso público em 2022–2023 – embora tenha negado irregularidades.
Em 2024 e 2025, ele retomou o foco na música e em projetos grandiosos: gravou DVD em sessões ao vivo, com repertório especial e show em prol de causas sociais, e realizou apresentações solidárias como o evento beneficente em Goiânia para as chuvas no Rio Grande do Sul. Também se apresentou em eventos temperados como o Réveillon de Goiânia.
Além da música, investe em seu haras em Esmeraldas (MG), onde desenvolve projetos agropecuários e mistura a rotina rural com seu estilo de vida. Ele se conecta com a nova geração através das redes sociais, com milhões de seguidores, lives e conversas diretas com fãs.
Com cerca de nove álbuns de estúdio, seis ao vivo e 38 singles lançados, Eduardo Costa acumula mais de 2 milhões de discos vendidos. Seu repertório é marcado pelo romantismo com interpretação moderna e, muitas vezes, polêmicas que garantem visibilidade.
Em 2025, prepara novo DVD que resgata suas raízes com repertório raiz e produção moderna, além de expandir agenda de shows nacionais. Ele manterá seu estilo agudo, fiel às origens, mas aberto a inovações e participação em programas de TV e projetos especiais.
Entre os seus clássicos que emocionam o público estão “Sapequinha”, “Coração Aberto”, “Na Saideira”, “Você Só Me Faz Feliz” e “Um Degrau na Escada”. Com voz firme, presença forte e repertório variado, Eduardo Costa segue sendo um nome respeitado — mesmo com polêmicas — do sertanejo contemporâneo.