Após desentendimentos, biografia de Gusttavo Lima escrita por Leo Dias é engavetada
Seria uma briga? Saiba detalhes do rompimento entre Leo Dias e o cantor sertanejo Gusttavo Lima, que teria uma biografia escrita pelo jornalista
Nos últimos anos, Gusttavo Lima e Leo Dias vieram construindo uma amizade sólida e cheia de parcerias. O jornalista foi o primeiro a anunciar o término do casamento com Andressa Suita, alguns projetos do cantor sertanejo, a compra de imóveis milionários e até ganhou a confiança do ‘Embaixador‘ para produzir uma biografia a seu respeito… mas o projeto empacou, assim como uma série sobre a sua vida.
Segundo informações do colunista Fernando Berenguel, do site Observatório dos Famosos, Gusttavo Lima e Leo Dias entraram em um acordo ainda em 2020, quando a amizade de ambos atingiu novos níveis, e passaram a planejar um projeto em conjunto, logo nascendo uma biografia autorizada do cantor sertanejo.
A biografia iria contar com detalhes de toda a sua vida, desde a infância pobre no interior de Minas Gerais, o ‘trio remelexo’ com seus irmãos, as várias vezes que passou fome e não tinha o que comer e todos os dramas que cercaram a vida de Gusttavo Lima até ele conquistar o Brasil com “Balada” e estourar pelo país.
No entanto, o projeto começou a desandar quando o cantor sertanejo e o jornalista passaram a discutir o que seria abordado na sua carreira atual: os negócios, as riquezas, o posto de artista nº1 do Brasil… tudo isso estava de acordo, menos uma ideia de Leo Dias de abordar sua carreira internacional.
Ao que tudo indica, o tópico “carreira internacional” se tornou um assunto delicado na biografia de Gusttavo Lima e o cantor sertanejo não quis que fosse abordado em seu livro. O motivo era claro: o fato do ‘Embaixador’ ainda não ter decolado fora do Brasil, por mais que tente se adequar ao mercado latino e tenha um bom público nos Estados Unidos.
Os desentendimentos acerca da obra da vida do marido de Andressa Suita foram dando voz a uma vontade do jornalista de se dedicar a um tributo a Marília Mendonça, já que sua morte abalou a música sertaneja neste meio tempo. Dessa forma, ao que tudo indica, a biografia de Gusttavo Lima deve ficar engavetada por um bom tempo.
Ao que parece, Leo Dias só tem olhos para este projeto, que não se sabe detalhes nem sequer tem uma data concreta para sair do papel. E, para isso, os escritos sobre a vida e carreira do Embaixador acabaram ficando em segundo plano.
Gusttavo Lima é condenado após denúncias de ex-funcionários
Gusttavo Lima virou alvo de investigação nos últimos meses por causa de uma série de shows milionários pagos por prefeituras do interior do Brasil, provocando o início da chamada CPI do sertanejo. Em seguida, o g1 trouxe à tona várias denúncias e processos judiciais que o cantor sertanejo foi envolvido com ex-funcionários do ramo musical.
Com cachês de até R$ 1,2 milhão, Gusttavo Lima foi processado por 2 roadies (técnicos de apoio que viajam com a banda em turnê, encarregados de lidar com as produções de shows), que foram contratados pelo famoso no ano de 2015 e deixaram o cargo em 2017 e 2018, respectivamente.
Naquele período, o famoso recebia aproximadamente R$ 300 mil por show, e pagava para seus músicos algo em torno de R$ 5,9 mil ao mês. Um dos ex-contratados informou que Gusttavo Lima tinha 3 roadies, o que significa que, com somente 2% do valor do cachê de uma noite, o cantor custeava o salário mensal desses funcionários. Já com 6%, ele bancava a equipe toda.
Contudo, eles expuseram que os contracheques recebidos apresentavam quantias menores que a remuneração que ganhavam. Um comprovante de janeiro de 2018 apontava que eles recebiam somente R$ 2,5 mil. Dessa maneira, os direitos trabalhistas e imposto pagos por Gusttavo Lima aos colaboradores eram menores, visto que os cálculos se baseavam nos valores reduzidos.
Sendo assim, Gusttavo Lima foi condenado pela Justiça do Trabalho nos dois casos e ainda foi obrigado a pagar as diferenças nos direitos aos trabalhadores e nos impostos ao Estado. Calculada em R$ 137 mil, uma das ações, por exemplo, terminou de ser paga em abril de 2022.
Para o g1, a advogada trabalhista Ana Cláudia Arantes disse que a prática adotada é uma fraude: “Isso é uma forma de burlar a legislação trabalhista, pois assim se paga menos impostos (que são gerados sobre a folha de pagamento), diminui a base de cálculo do recolhimento de INSS do empregado e gera pagamento menor ao trabalhador de horas e reflexos, férias, 13º e FGTS. É um prejuízo para o trabalhador e para os cofres públicos”.