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Cantor sertanejo é condenado por matar e carbonizar dentista

João Vitor Malachias foi condenado a 35 anos e 10 meses por feminicídio, destruição de cadáver e furto após matar e carbonizar dentista em Araras (SP).
O cantor sertanejo João Vitor Malachias foi condenado a 35 anos, 10 meses e 14 dias de prisão por matar e carbonizar a dentista Bruna Viviane Angleri, sua ex-namorada, em Araras (SP), em setembro de 2023.
Provas digitais, feminicídio e julgamento tenso em Araras
No júri, o cantor foi responsabilizado principalmente por feminicídio qualificado, destruição de cadáver e furto, após ser encontrado culpado pelo crime brutal ocorrido na casa da vítima. O Tribunal determinou que ele cumprirá pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade. A defesa anunciou intenção de recorrer, alegando fragilidade nas provas e rigor excessivo na dosimetria da pena.
Investigadores relataram que a perícia identificou que o celular de João Vitor conectou-se à rede Wi‑Fi da vítima próximo ao horário da morte, derrubando seu álibi de estar na casa da avó. Câmeras de segurança também registraram o veículo dele nas proximidades e mostraram fumaça saindo do local no meio da madrugada.
O corpo da dentista foi encontrado carbonizado sobre a cama, com sinais de disparo na região facial e evidências de violência extrema. As autoridades apontaram que houve uso de fogo provavelmente para ocultar o crime.
Bruna tinha uma medida protetiva contra João Vitor e deixou uma filha de seis anos. O crime foi considerado feminicídio pela ausência de chance de defesa e motivação torpe, o que agrava a pena.
Durante o processo, surgiram ainda imagens que associam o cantor a objetos retirados do local do crime enquanto estava sob custódia policial. Ele também acusou policiais de abuso durante sua prisão, o que levou à instauração de investigação interna.
O caso chocou a cidade de Araras e mobilizou a sociedade para debater violência contra mulheres. O resultado do júri foi unânime e durou mais de 11 horas, evidenciando a gravidade do crime e a repercussão gerada pelo perfil público do acusado.
O julgamento encerra uma fase importante do processo, mas a sentença ainda poderá ser revista em recursos. Atualmente, João Vitor permanece preso em regime fechado, aguardando o andamento judicial.
