Avanço do milho no etanol: Diferença de custo cresce em 2024
O confronto entre o etanol de milho e o de cana-de-açúcar se intensificou em 2024, com a palavra-chave principal diferença de custos alcançando novos patamares. Dados recentes mostram um crescimento do milho como matriz eficiente no setor de biocombustíveis.
Divergência de custos do etanol de milho
O ano de 2024 trouxe mudanças significativas para o preço do etanol no Brasil. O palavra-chave principal etanol de milho viu sua competitividade aumentar, com um custo de produção que caiu em 10,5%, enquanto o modelo tradicional de cana teve alta de 6,3%. Essa diferença acentuou-se, passando de R$ 0,12 para R$ 0,48 por litro.
As informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) revelam que o Brasil registrou em 2024 a maior produção de etanol de sua história, com um total de 36,83 bilhões de litros. Destes, 7,7 bilhões de litros são provenientes do milho, um aumento de 32,8% em comparação ao ano anterior, caracterizando uma verdadeira palavra-chave secundária revolução na matriz energética nacional.
Como reflexo dessa transformação, o Brasil se consolidou como o segundo maior produtor global de etanol de milho, atrás apenas dos Estados Unidos. Investimentos particulares na produção superam R$ 20 bilhões, sinalizando a grande expectativa de crescimento desse setor, com uma previsão da participação do milho na produção nacional crescendo de 20% para 40% até 2030, conforme o relatório do BTG Pactual.
Com a produção de etanol de cana-de-açúcar cada vez mais onerosas, os custos operacionais e logísticos vêm pressionando os produtores. A Inpasa, a maior produtora de etanol de milho do Brasil, alcançou uma produção recorde de 3,7 bilhões de litros em 2024, representando cerca de 48% do total nacional, inserindo-a como uma verdadeira força na palavra-chave secundária indústria do biocombustível.
Apesar da crescente produção, líderes do setor, como José Guilherme Nogueira, CEO da Orplana, indicam que a concorrência entre o etanol de milho e o de cana pode se tornar um tema relevante nos próximos anos. Ele observa que, enquanto não há um choque imediato no mercado, o aumento da oferta de etanol de milho pode pressionar os preços da cana, afetando negativamente os produtores independentes.
Ainda assim, o ambiente geral para o setor permanece otimista, especialmente em um momento em que o preço do açúcar se mantém em patamares favoráveis. Contudo, Nogueira destaca que a estabilidade do mercado pode mudar rapidamente, com um aviso claro sobre a possibilidade de quedas nos preços, potencialmente intensificando a competição por espaço nas prateleiras do etanol.
A previsão do BTG Pactual é ousada; até 2030, a participação do etanol de milho no mercado nacional deve dobrar, influenciada também pela expectativa do aumento da mistura obrigatória na gasolina, que poderá subir de 27,5% para 30%. Para Carlos Cogo, especialista em agronegócio, essa trajetória reforça a ideia de que o milho se está consolidando como protagonista na matriz energética do Brasil, refletindo uma adaptação estratégica do setor.
A Diretora da UNEM, Andréa Veríssimo, ressalta que o Brasil tem conquistado um papel respeitado internacionalmente na produção de etanol de milho, e as atuais dinâmicas de mercado são indicativas de um futuro promissor para o segmento. Assim, enquanto a competição se intensifica, o cenário do biocombustível brasileiro está prestes a passar por transformações significativas nos próximos anos.