Consórcio de bactérias aumenta produtividade e reduz custos no milho

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Consórcio de bactérias no cultivo do milho aumenta produtividade e reduz custo com fertilizantes nitrogenados
Pesquisas recentes demonstram que a inoculação de bactérias benéficas no cultivo do milho pode aumentar a produtividade e reduzir custos com fertilizantes nitrogenados. Estudos realizados pela Embrapa Amazônia Ocidental mostraram que a inoculação da bactéria Azospirillum brasiliense em sementes de milho para cultivo em terra firme permitiu economia de 20 kg de nitrogênio por hectare e rendimento superior em 104% à média da cultura no estado do Amazonas. (embrapa.br)
O Azospirillum é um gênero de bactérias promotoras de crescimento de plantas que, associado a gramíneas como o milho, realiza a fixação biológica de nitrogênio (FBN) e a síntese de hormônios, entre outros processos benéficos para a planta. Com a FBN, o elemento é capturado do ar e fixado na planta por meio de processos biológicos. O nitrogênio é o nutriente mais exigido para a cultura do milho e representa um dos maiores custos na produção. Com a inoculação de bactérias que realizam esse processo de forma natural para fornecer nitrogênio para a planta, consegue-se substituir ou reduzir o uso de adubos sintéticos. (embrapa.br)
Além do ganho econômico, a inoculação com Azospirillum brasiliense no milho traz benefícios ambientais com a redução na emissão de gases de efeito estufa, ao substituir o uso de fertilizantes químicos nitrogenados. A aplicação dos fertilizantes nitrogenados costuma estar associada à liberação de óxido nitroso, um gás com potencial de aquecimento da atmosfera 265 vezes superior ao de dióxido de carbono e que pode permanecer na atmosfera por mais de cem anos, além de contribuir para a destruição da camada de ozônio. (agenciasp.sp.gov.br)
Em experimentos realizados no Amazonas, o rendimento médio foi de 5.359 kg por hectare, enquanto a média de produtividade no estado é de 2.626 kg por hectare, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa tecnologia de inoculação com Azospirillum no milho foi desenvolvida pela Embrapa e já é utilizada em várias regiões no Brasil, contribuindo para o aumento de produtividade e redução de custos das lavouras. (embrapa.br)
A inoculação com Azospirillum brasiliense pode ser uma alternativa sustentável para a oferta de nitrogênio para culturas de milho em regiões tropicais, além de economizar custos na produção de milho, especialmente com fertilizantes químicos nitrogenados. (embrapa.br)