Mulher é presa por furtar bebê reborn de R$999 em shopping de Campinas. Condenada a 4 anos de prisão, crime teve grande repercussão nas redes.
Resumo: Uma mulher foi presa após furtar uma boneca bebê reborn avaliada em R$ 999,99 em um shopping de Campinas, interior de São Paulo. O crime aconteceu em junho de 2019 e incluiu também o furto de produtos de beleza, roupas de grife, eletrodomésticos e jogos de cama. A acusada foi condenada a quatro anos, um mês e 23 dias de prisão em regime fechado.
Como o crime aconteceu
O furto ocorreu em junho de 2019, dentro de um shopping center de Campinas. A mulher foi flagrada pelos seguranças do local segurando sacolas cheias de produtos sem nota fiscal. Entre os itens furtados estavam uma boneca bebê reborn de quase mil reais, além de cosméticos, roupas de marca, utensílios domésticos e jogos de cama.
As investigações apontaram que a acusada atuou em conjunto com outras duas mulheres, o que caracterizou associação para o crime. A ação rápida da segurança do shopping permitiu a apreensão dos itens e a prisão em flagrante da acusada.
Detalhes do julgamento
Durante o julgamento, a ré alegou que comprou os produtos na região da rodoviária de Campinas, tentando justificar a ausência das notas fiscais. No entanto, a versão apresentada não convenceu o tribunal. O relator do caso, desembargador Luiz Antonio Cardoso, observou inconsistências nas alegações da defesa.
O magistrado também levou em conta o volume de mercadorias e a forma como a ação foi realizada, indicando intenção de furtar para revenda. O comportamento reincidente da acusada pesou contra ela no julgamento.
Decisão judicial e reincidência
A mulher foi condenada a quatro anos, um mês e 23 dias de prisão, em regime fechado, pela 2ª Vara Criminal de Campinas. A decisão foi mantida em segunda instância pela 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, em novembro de 2020.
Segundo os autos do processo, a ré já possuía outras condenações por crimes semelhantes. Para o relator, “prisões e condenações anteriores não foram suficientes para impedi-la de persistir na prática de crimes”. A reincidência foi um dos principais fatores para a manutenção da pena em regime fechado.
O caso causou repercussão nas redes sociais, especialmente por envolver um item incomum: a boneca bebê reborn. Esse tipo de boneca é conhecido por seu alto grau de realismo, imitando com detalhes impressionantes bebês de verdade. Alguns modelos chegam a custar mais de R$ 3 mil, dependendo da complexidade do artesanato. No caso específico, a peça furtada custava R$ 999,99.
Além do valor, o crime ganhou atenção por seu aspecto inusitado. Nas redes, usuários comentaram o contraste entre o tipo de item e o restante dos produtos furtados, sugerindo que o grupo agia com o intuito de furtar objetos com apelo comercial para revenda. A boneca reborn, por exemplo, é muito procurada por colecionadores e mães que usam as bonecas em terapias ou para substituição emocional.
Segundo especialistas em segurança, o caso também chama a atenção pela reincidência e pela sofisticação com que os furtos foram realizados. “Mulheres agindo em grupo, sem despertar suspeitas visíveis, e utilizando sacolas falsas ou manipuladas para driblar alarmes são estratégias típicas de quadrilhas especializadas nesse tipo de furto em shoppings e grandes lojas”, afirmou uma fonte da polícia civil ouvida pelo BNews.
A condenação da acusada também é vista como um alerta para redes de varejo. Nos últimos anos, crimes de pequeno valor têm sido tratados com mais rigor pela Justiça quando envolvem reincidência e organização. O caso serve de exemplo para mostrar que mesmo furtos aparentemente simples podem resultar em penas severas se houver histórico criminal ou associação com terceiros.