Empresas de Gusttavo Lima teriam recebido R$ 49 Milhões de empresas investigadas pro lavagem de dinheiro

A Operação Integration revela ocultação de valores e transações suspeitas envolvendo empresas de Gusttavo Lima, com mandado de prisão já decretado.

As empresas de Gusttavo Lima estão no centro de uma grande polêmica após a deflagração da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo figuras públicas como o cantor sertanejo e a influenciadora digital Deolane Bezerra. Com o avanço das investigações, foi revelado que as empresas de Gusttavo teriam recebido R$ 49 milhões em transações suspeitas, levando à emissão de um mandado de prisão contra o artista.

– Receba as últimas notícias da música sertaneja no WhatsApp

Transações Suspeitas: R$ 49 Milhões Movimentados

De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a empresa HSF Entretenimento Promoção de Eventos, ligada a Gusttavo Lima, teria ocultado aproximadamente R$ 4,9 milhões. Além disso, a empresa é acusada de dissimular a propriedade de uma aeronave Cessna Aircraft, modelo 560 XLS, sob investigação pelas autoridades.

As investigações apontam que, ao longo de 2024, a empresa de Gusttavo Lima recebeu uma série de depósitos expressivos, totalizando R$ 22.232.235,53. Entre as transações mais suspeitas estão:

  • 16 de fevereiro de 2024: R$ 16 milhões
  • 13 de março de 2024: R$ 2 milhões
  • 15 de março de 2024: R$ 2 milhões
  • 19 de março de 2024: R$ 1,564 milhão
  • 3 de junho de 2024: R$ 1.113.204,55
  • 1º de julho de 2024: R$ 1.124.750,56; R$ 1.101.569,60; e R$ 11.327.778,58

Além dessas transferências, as autoridades também encontraram grandes somas de dinheiro em um cofre pertencente à empresa de Gusttavo Lima, incluindo R$ 112.309, 5.720 euros, 5.925 libras esterlinas, e 1.005 dólares.

Outras Empresas Envolvidas no Esquema

Não foi apenas a HSF Entretenimento que levantou suspeitas. A investigação revelou que outras empresas de Gusttavo Lima, como a GSA Empreendimentos e Participações Ltda, também estão sob escrutínio. As empresas receberam grandes quantias de entidades investigadas, como a Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos e a Pix 365 Soluções Tecnológicas.

Em 2023, a GSA recebeu depósitos que totalizaram R$ 18.727.813,40, dos quais R$ 5,950 milhões vieram de empresas diretamente ligadas ao esquema investigado pela Operação Integration. As transferências envolvem 14 transações via PIX, somando R$ 5.750.000, e outras operações via TED que totalizaram R$ 1.350.000.

Balada Eventos Também Sob Investigação

A empresa Balada Eventos e Produções Ltda, que também pertence a Gusttavo Lima, é outro foco da operação. A Polícia Civil de São Paulo apreendeu um avião de propriedade da Balada Eventos, que estava em manutenção no Aeroporto de Jundiaí, no interior paulista. O cantor afirmou, nas redes sociais, que a aeronave foi vendida no ano anterior, mas a Anac confirmou que a transferência de propriedade ainda não havia sido finalizada, mantendo a empresa de Lima como proprietária do avião.

Mandado de Prisão Decretado: A Conivência com Foragidos

O mandado de prisão preventiva de Gusttavo Lima foi decretado pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, como parte da Operação Integration. Em sua decisão, a magistrada destacou a conivência do cantor com outros investigados no esquema, incluindo José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, sócios da Vai de Bet, uma empresa de apostas envolvida nas irregularidades.

A juíza afirmou que a associação de Gusttavo Lima com esses indivíduos “compromete a integridade do sistema judicial e perpetua a impunidade”. Segundo as investigações, o cantor teria dado guarida a foragidos, sendo acusado de facilitar a fuga de investigados em viagens internacionais.

A Defesa de Gusttavo Lima

Em resposta às acusações, a defesa de Gusttavo Lima classificou a prisão como “injusta” e declarou que está tomando as medidas legais necessárias para provar a inocência do cantor. Em nota oficial, os advogados enfatizaram que Gusttavo Lima “nunca participou de qualquer atividade ilícita” e que sua “conduta sempre foi pautada pela honra e honestidade”.

Nas redes sociais, Gusttavo também se defendeu, afirmando que o avião apreendido “não lhe pertence” e que a transação de venda foi realizada de maneira legal no ano anterior.

Operação Integration: Desarticulando o Esquema de Lavagem de Dinheiro

A Operação Integration, que começou no dia 4 de setembro de 2024, tem como objetivo desarticular uma quadrilha acusada de lavar cerca de R$ 3 bilhões provenientes de apostas ilegais. Além de Gusttavo Lima, outros nomes importantes, como a influenciadora Deolane Bezerra e o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, também foram alvo da operação.

O futuro de Gusttavo Lima permanece incerto, enquanto as investigações avançam e novas evidências continuam surgindo, complicando ainda mais a situação do sertanejo. O que antes parecia ser um império inabalável pode agora estar prestes a ruir.

empresasGusttavo Limalavagem de dinheiroOperação Integratiouai