Cachê que Gusttavo Lima recebeu para fazer comercial da Mega da Virada teve sigilo de 100 anos

O cantor sertanejo Gusttavo Lima protagonizou no final do ano passado o comercial da Mega da Virada, mas teve seu cachê ocultado por sigilo de 100 anos a pedido de Bolsonaro

A amizade íntima com Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente da república rendeu alguns benefícios ao marido de Andressa Suita. No ano passado Gusttavo Lima foi escolhido para ser o garoto propaganda da Mega da Virada que sorteou mais de R$300 milhões no último dia do ano e teve dois ganhadores que levaram mais de R$162 milhões cada um.

Para esta ação, de acordo com o Portal da Transparência do Governo Federal, a Caixa desembolsou mais de R$10 milhões de reais na campanha, no entanto o cachê que o cantor sertanejo recebeu por esta ação, teve o sigilo de 100 anos decretado a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Apoiador convicto do presidente presidente da república ignorou a recomendação de isolamento diversas vezes durante o período da Pandemia, inclusive pressionando os governos para a liberação dos shows, mas calou-se quando o assunto era vacinação.

Pouco antes do final do segundo turno, Gusttavo Lima surgiu ao lado do presidente em Brasília acompanhado de outros sertanejos fazendo um apelo aos seus fãs para que votassem em Bolsonaro. Gusttavo Lima é um dos nomes investigados por cachês superfaturados e sem licitações realizados por prefeituras de diversos estados do Brasil.

Cuiabano Lima também teve o sigilo decretado

(Cuiabano Lima | Foto: Divulgação)
(Cuiabano Lima | Foto: Divulgação)

O governo federal impôs sigilo sobre o valor de cachê pago pela Caixa Econômica Federal ao locutor de rodeios Andraus Araújo de Lima, o Cuiabano Lima. Amigo de Jair Bolsonaro, o artista protagoniza a campanha do auxílio emergencial desde maio deste ano.

A informação foi revelada pelo Brasil de Fato a partir de matéria do Congresso em Foco, que mostrou que em 2020, Cuiabano recebeu R$ 36 mil para estrelar outra campanha da Caixa,  a da Mega Sena da Virada.

De acordo com resposta do banco enviada ao Brasil de Fato via Lei de Acesso à Informação (LAI), “o contrato de direito de uso de imagem prevê o caráter sigiloso do valor do cachê”. O banco explicou ainda que a decisão é respaldada “juridicamente em virtude do interesse estratégico relacionado à campanha publicitária realizada”. Segundo o site, o valor do cachê deixará de ser sigiloso 90 dias após a contratação do artista, mas a Caixa não informa a data do acordo.

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