Descubra a trajetória da música sertaneja no Brasil e como ela conquistou milhões de fãs!
A música sertaneja é um dos gêneros mais populares do Brasil, mas sua origem remonta a tempos muito antes das grandes duplas que hoje dominam as rádios e os streamings. Desde os primeiros acordes da moda de viola até o estrondoso sucesso do sertanejo universitário, essa trajetória foi marcada por mudanças drásticas, polêmicas e momentos inesquecíveis.
Mas qual é a verdadeira origem da música sertaneja? Como ela saiu dos rincões do interior e se transformou em um fenômeno nacional? Descubra agora!
A origem da música sertaneja e sua conexão com o campo
A música sertaneja nasceu no início do século XX, sendo fortemente influenciada pela moda de viola, um estilo musical trazido pelos colonizadores portugueses e adaptado pelos trabalhadores rurais brasileiros. No início, as canções retratavam a vida no campo, o amor pela terra e o cotidiano dos sertanejos.
Os primeiros grandes nomes desse movimento foram Cornélio Pires, que se tornou um dos pioneiros ao gravar discos sertanejos na década de 1920, e a dupla Torres e Florêncio, que ajudou a popularizar o gênero.
Entretanto, foi com Tonico e Tinoco, a partir da década de 1940, que o sertanejo começou a se consolidar como uma identidade musical forte no Brasil. Com mais de 60 anos de carreira e mais de 1.500 músicas gravadas, a dupla abriu caminho para diversos outros artistas.
A evolução da música sertaneja e o nascimento do sertanejo romântico
Na década de 1970, a música sertaneja começou a sofrer uma transformação significativa. As letras passaram a abordar temas mais urbanos, como o amor e a saudade, distanciando-se um pouco da forte ligação com a vida rural.
Foi nesse período que surgiram duplas icônicas, como Milionário & José Rico, Chitãozinho & Xororó e João Mineiro & Marciano. Chitãozinho & Xororó, em especial, foram responsáveis por levar o sertanejo para as grandes mídias com a canção Fio de Cabelo, que estourou em 1982.
A partir desse momento, o gênero ganhou força nas rádios e começou a conquistar o público que, até então, consumia mais a MPB e o rock nacional.
O surgimento do sertanejo universitário e a revolução do gênero
Nos anos 2000, uma nova onda tomou conta do mercado musical: o sertanejo universitário. Diferente do sertanejo raiz, que possuía arranjos mais tradicionais, esse novo estilo incorporou elementos do pop, da música eletrônica e até do funk.
Nomes como Jorge & Mateus, Gusttavo Lima e Luan Santana foram os grandes responsáveis por essa mudança, tornando o sertanejo ainda mais acessível e comercial. Os shows cresceram em estrutura, os cachês dos artistas dispararam e o gênero passou a dominar os rankings de músicas mais tocadas do país.
Hoje, o sertanejo universitário é a principal vertente do gênero, com artistas constantemente inovando para manter o público engajado.
As polêmicas e o futuro do sertanejo
Apesar do sucesso inegável, a música sertaneja também coleciona polêmicas. Algumas das principais críticas ao gênero envolvem a falta de diversidade musical, a repetição de temas e a superexposição dos artistas em festas e redes sociais.
Além disso, há um constante debate entre fãs sobre a “essência” do sertanejo. Muitos argumentam que o sertanejo raizestá sendo deixado de lado, enquanto o sertanejo universitário busca apenas hits comerciais.
Mesmo com essas discussões, o fato é que a música sertaneja continua sendo um dos gêneros mais ouvidos do Brasil e tem tudo para se reinventar mais uma vez nos próximos anos.
Conclusão: o sertanejo nunca sai de moda
Desde as modas de viola até os hits milionários das plataformas digitais, o sertanejo provou que sabe se adaptar ao tempo e às tendências do mercado. Se no passado Tonico e Tinoco embalaram gerações, hoje é Gusttavo Lima quem arrasta multidões.
A verdade é que, independentemente das mudanças, o sertanejo sempre terá um espaço garantido na cultura brasileira. E o que será que vem por aí?