Leonardo paga R$ 500 mil e cumpre exigências para sair da lista suja

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Leonardo deixa lista do trabalho escravo após acordo com o Ministério Público e pagamento de indenização. Cantor assume compromissos trabalhistas.
O cantor sertanejo Leonardo foi excluído da chamada “lista suja” do trabalho escravo após firmar um acordo com o Ministério Público do Trabalho de Goiás. A medida ocorre após denúncias de condições degradantes em suas propriedades rurais, reveladas em 2022 por uma fiscalização trabalhista.
Como parte do compromisso, Leonardo pagará R$ 500 mil por danos morais coletivos e implementará medidas rigorosas de integridade trabalhista em seus empreendimentos. O caso gerou grande repercussão, envolvendo acusações de alojamentos precários e jornadas exaustivas.
O acordo evita que Leonardo enfrente um processo judicial e estabelece prazos para auditorias independentes, capacitação de gestores e cumprimento de normas de segurança no trabalho.
Condições degradantes expostas e medidas exigidas pelo Ministério Público
A denúncia que culminou na inclusão de Leonardo na lista partiu de uma fiscalização trabalhista que encontrou trabalhadores vivendo em condições insalubres. Dormiam em locais abandonados, sem acesso a água potável ou instalações sanitárias, utilizando colchões improvisados sobre tábuas e recipientes de agrotóxicos.
O trabalho começava antes das 6h da manhã, com os funcionários realizando atividades árduas no campo sem qualquer equipamento de proteção. As refeições eram feitas ao relento, com água limitada a garrafas térmicas. Fotos divulgadas pelo MPT mostram ambientes infestados por insetos e morcegos.
Diante das evidências, o acordo firmado obriga o cantor a:
- Formalizar a contratação de todos os trabalhadores
- Implantar um programa interno de integridade trabalhista
- Capacitar todos os gestores em direitos do trabalho
- Realizar auditoria independente nas propriedades
- Cumprir as normas de segurança e saúde no campo
Leonardo ainda não comentou publicamente sobre o acordo, mas sua equipe jurídica optou por firmar o termo como forma de resolução extrajudicial.