As montarias em Touro vêem conquistando adeptos e admiradores no mundo inteiro. Prova disso, foi o público – mais de 50 mil pessoas – presente na final do 12º Barretos International Rodeo, que encerrou a 49ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, para assistir ao desafio entre o campeão mundial Ednei Caminhas e o touro Bandido.
Mesmo assim, ainda surgem dúvidas em relação às regras e leis que regem o mundo dos rodeios. Quem assistiu ao desafio entre Caminhas e o touro \”Bandido\” pode perceber algo fora do comum para um campeão mundial com mais de 125 títulos e que a cada touro desafiado, nos maiores rodeios do mundo como os do Texas, Canadá e Austrália, deixa todos os presentes de \”boca aberta\”, como o último nos Estados Unidos, em que o peão simplesmente \”caiu\” e retornou ao lombo do animal.
A explicação vem das diferenças entre as técnicas e as leis que regem os torneios no país e no exterior.No Brasil, as regras das montarias em touros determinam que o peão, obrigatoriamente, use luva de couro na mão que segura a corda, coletes de segurança, e esporas lisas, o uso do capacete é opcional. Dessa forma, o atleta deve permanecer em cima do animal usando uma única mão por oito segundos. Nos outros países, onde também acontecem montarias em touro, as regras se diferem com relação ao tipo de espora exigida, pois estas possuem pequenas saliências, que aderem ao couro do animal sem provocar qualquer ferimento ou
desconforto. No entanto, proporcionam maior estabilidade e segurança ao peão.
\”Quando fui convidado a desafiar o touro \”Bandido\”, automaticamente pensei que deveria seguir as regras dos torneios internacionais, já que o desafio em questão aconteceria na final do 12º Barretos Internacional Rodeo de montaria em touro, contudo, nos últimos minutos antes do desafio fui informado que o proprietário do \” Bandido\” exigia que eu usasse esporas lisas. Esse tipo de equipamento requer maior força nas pernas do peão, como há muito tempo monto de acordo com as exigências internacionais, me
equivoquei e coloquei maior força no meu braço\”, explica Caminhas. O atleta fala que o tempo de 1\’ e 98\” em que esteve em cima do touro Bandido não o desanimou porque acredita que se tivesse usado o equipamento de trabalho que está acostumado e que segue os padrões internacionais, provavelmente, teria parado os 8 segundos necessários. \”Não me sinto derrotado, pelo contrário, estou mais preparado para um próximo desafio\”, completou Caminhas.