Manoel Poladian expõe truques de cantores sertanejos para inflar cachês e conquistar espaço na mídia: “Há muito blefe no meio”.

O mercado sertanejo tem sido frequentemente associado a cachês milionários e uma crescente fortuna acumulada por diversos artistas, como Gusttavo Lima e outros grandes nomes da música. No entanto, uma recente revelação feita pelo empresário Manoel Poladian — conhecido como um dos maiores nomes do show business no Brasil — sugere que nem tudo é o que parece.

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Em uma entrevista exclusiva ao Podcast Enterhits, Poladian afirmou que muitos desses cachês milionários divulgados pelos cantores sertanejos são inflados como parte de uma estratégia de marketing para garantir visibilidade na mídia. Segundo o empresário, há uma prática comum no meio em que “se blefam patrocínios e outras ações para poder aparecer na mídia”, colocando em cheque os números divulgados.

Blefes no Sertanejo: Uma Estratégia de Marketing?

Durante a entrevista, o radialista Enio Silvério trouxe à tona um exemplo do cantor Gusttavo Lima, que recentemente anunciou a venda de sua agenda de shows de 2022 para um fundo de investimentos, uma notícia que movimentou o cenário musical e colocou o sertanejo ainda mais em evidência.

Poladian, no entanto, foi cético em relação a essa informação. Segundo ele, a venda de agendas de shows para fundos de investimento pode ser mais um desses “blefes” usados para alavancar a fama de um artista. “Hoje eu ponho em dúvida essas compras, sobretudo de um fundo que não tem interesse profissional, e neste meio a coisa é um pouco mais informal do que o fundo necessita”, afirmou o empresário, sugerindo que a realidade por trás dessas negociações pode ser bem diferente do que é anunciado.

A fala de Manoel Poladian traz à tona um lado menos conhecido do show business brasileiro, onde estratégias de marketing são frequentemente usadas para criar uma imagem de sucesso ainda maior do que a realidade. Para o empresário, inflar os números dos cachês sertanejos é uma tática para garantir mais visibilidade, atrair mais contratos e consolidar o prestígio no mercado musical.

O “Blefe” no Sertanejo: Verdade ou Exagero?

Poladian ressalta que esse tipo de estratégia não é exclusividade do mercado sertanejo, mas que, nesse meio específico, ela tem sido amplamente utilizada. Ao inflarem seus cachês e divulgarem parcerias grandiosas com marcas e patrocinadores, os sertanejos conseguem se posicionar como grandes ícones da música brasileira e atrair ainda mais a atenção da mídia e do público.

Há muito blefe no mercado hoje, sobretudo no sertanejo, em que se blefam patrocínios e outras ações para poder aparecer na mídia”, comentou o empresário durante a entrevista. A ideia, segundo ele, é simples: quanto mais alto o valor do cachê divulgado, maior o status do artista no mercado, o que, por sua vez, leva a mais convites para shows e contratos publicitários.

Essa tática de “blefar” os cachês milionários pode ser vista como uma forma de marketing agressivo, onde a imagem de sucesso vale mais do que os números reais. No entanto, isso levanta questionamentos sobre a transparência no mercado musical e se esses valores inflados podem prejudicar a credibilidade dos artistas.

O Impacto dos Cachês Inflados no Mercado Sertanejo

O mercado sertanejo no Brasil é altamente competitivo, com inúmeros artistas disputando espaço nos maiores palcos do país. Nesse contexto, a capacidade de chamar a atenção e se destacar pode ser a chave para o sucesso. Ao inflarem seus cachês, os cantores sertanejos conseguem criar uma imagem de poder e sucesso, o que pode resultar em mais convites para shows, mais vendas de ingressos e mais parcerias publicitárias.

Entretanto, como aponta Poladian, nem sempre esses valores refletem a realidade dos contratos firmados. Na prática, muitos artistas podem estar ganhando menos do que os números divulgados, mas o simples fato de aparecerem como os “mais bem pagos” já garante um lugar de destaque no cenário musical.

Essa prática de inflar cachês pode ter um impacto direto no mercado de shows e eventos no Brasil. Organizadores de eventos podem ser levados a acreditar que precisam desembolsar grandes quantias para contratar determinados artistas, quando, na verdade, os cachês reais podem ser mais baixos. Isso cria uma distorção no mercado e pode dificultar o acesso de artistas emergentes que não têm os mesmos recursos para “blefar” seus valores.

O Caso de Gusttavo Lima e o Fundo de Investimentos

O exemplo de Gusttavo Lima citado por Poladian na entrevista é emblemático dessa prática. Quando o sertanejo anunciou que sua agenda de shows de 2022 havia sido vendida para um fundo de investimentos, a notícia causou alvoroço na mídia, consolidando ainda mais a imagem do cantor como o “embaixador” do sertanejo.

No entanto, Poladian sugere que essa transação pode não ter sido exatamente como foi divulgada. Para o empresário, há um “exagero” nas informações e muitas vezes esses acordos são apresentados de forma inflada para causar impacto na mídia.

“Acho que é importante questionar esses anúncios. Hoje em dia, os artistas estão mais preocupados em inflar seus cachês e contratos do que em mostrar a realidade”, comentou Poladian, enfatizando a necessidade de maior transparência no show business.

Conclusão: A Realidade Por Trás dos Cachês Sertanejos

As revelações de Manoel Poladian sobre os cachês milionários dos sertanejos lançam luz sobre uma prática comum no mercado musical brasileiro: a de inflar números para ganhar espaço na mídia. Embora seja uma estratégia eficaz para atrair atenção, ela também levanta questões sobre a transparência e a realidade dos contratos no meio.

Com o mercado sertanejo cada vez mais competitivo, artistas e seus empresários estão recorrendo a estratégias de marketing mais agressivas para garantir seu lugar ao sol. No entanto, como alerta Poladian, nem sempre esses números refletem a realidade — e é importante que o público esteja ciente disso.

Agora, com essas informações em mãos, você pode olhar com mais cautela para os anúncios de cachês milionários e se perguntar: será que é tudo verdade?

Confira o vídeo no canal do Youtube do Movimento Country:

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Cachês de shows já impressionavam antes mesmo da pandemia

O Movimento Country já matou a curiosidade dos admiradores dos sertanejos fazendo um compilado da quantia aproximada paga a cada artista. Gusttavo Lima por exemplo, chegava a faturar R$700 mil enquanto dupla Jorge e Mateus ficava em segundo lugar com o cachê mais valioso, cobrando aproximadamente R$490 mil por show.

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