Compradores protestam contra loteamento ligado a Leonardo em MT

Compradores protestam contra loteamento em Querência (MT) ligado a Leonardo. Empreendimento está parado e enfrenta disputa judicial. Cantor nega sociedade.

Resumo: Um grupo de compradores protestou neste domingo (18) em Querência (MT) contra o atraso na entrega de imóveis vinculados ao loteamento Munique Smart Life, promovido pela AGX Smart Life, com apoio do cantor Leonardo. Os manifestantes exigem ressarcimento e denunciam abandono da obra, que enfrenta reintegração de posse e ações judiciais. Leonardo nega ser sócio, apesar de ter participado ativamente da divulgação.

Protesto e indignação em Querência

Compradores de lotes de um empreendimento residencial em Querência (MT) realizaram uma carreata seguida de manifestação em frente aos estandes da AGX Smart Life e da Talismã, empresa associada ao cantor Leonardo. O motivo: a paralisação das obras iniciadas há mais de três anos.

Com faixas e cartazes, os manifestantes exigiam a devolução do dinheiro investido e a rescisão dos contratos, alegando ter sido lesados em um projeto que não saiu do papel. “Unidos por um bem maior. Queremos nossos direitos”, dizia um dos cartazes.

Leonardo e AGX: parceria questionada

O cantor Leonardo, cujo nome verdadeiro é Emival Eterno da Costa, esteve em Querência nos anos de 2021 e 2022 para lançar o empreendimento ao lado de Aguinaldo José Anacleto, dono da AGX. Ele participou de vídeos promocionais, outdoors e campanhas como garoto-propaganda.

No entanto, após o início das ações judiciais, tanto Leonardo quanto a AGX passaram a afirmar que o artista não tinha sociedade ativa nos negócios. Segundo nota da empresa, ele apenas usou sua imagem em troca de cotas, nos moldes de qualquer investidor.

Processo e estrutura jurídica contestada

Na Justiça, os compradores exigem a restituição do valor pago e indenização por danos morais. A AGX, por sua vez, afirma que não se trata de venda de lotes, mas sim de “captação de investidores via Sociedade em Conta de Participação (SCP)”. A estrutura jurídica da SCP, embora legal, costuma gerar dúvidas e insegurança entre compradores não especializados.

A reintegração de posse solicitada pelo antigo dono da área ainda está em trâmite judicial, o que torna o futuro do empreendimento ainda mais incerto.

Após revelação, caso levanta alerta sobre uso de imagem por famosos

O caso reacendeu discussões sobre a responsabilidade de celebridades em promoções comerciais. A imagem de Leonardo foi essencial na venda das cotas, o que levou muitos compradores a acreditarem que o artista era sócio do projeto. Agora, com as obras paradas, a associação entre seu nome e o fracasso do loteamento gera repercussões negativas.

Advogados de Leonardo afirmaram que ele “está acompanhando o caso” e que “não participou da execução do empreendimento”. Já os consumidores lesados seguem aguardando soluções concretas.

5 pontos sobre o protesto contra loteamento ligado a Leonardo

  • O protesto ocorreu no domingo (18) em Querência, interior de Mato Grosso.
  • Empreendimento está parado há mais de três anos e enfrenta disputa judicial.
  • Leonardo participou do lançamento como garoto-propaganda em 2021 e 2022.
  • Manifestantes exigem rescisão contratual e indenização por danos morais.
  • AGX alega que o modelo era de captação por SCP, não venda de lotes.

Deixe um comentário

Sair da versão mobile